Rio de Janeiro, RJ, 1997. – Vive e trabalha em Rio de Janeiro, RJ.
Indicada ao Prêmio PIPA 2021.
Ana Frango Elétrico é compositora, poeta, artista visual e produtora musical brasileira. Desde 2015 pesquisa elementos ordinários do cotidiano, saturando a realidade em formas gráficas, poéticas e sonoras. Desde então lançou dois álbuns musicais autorais, “Mormaço Queima” e “Little Electric Chicken Heart”, e um livro-catálogo de poemas e ilustrações, “Escoliose: paralelismo miúdo”.
PIPA de perto: a artista fala na coleção do Instituto
Confira abaixo o texto que Ana Frango Elétrico enviou especialmente para o PIPA de perto sobre duas de suas obras adquiridas:
“Te acompanhei nesse xadrez I e IV fazem parte de uma série de estampas e pinturas que surgem a partir de um pensamento rítmico musical relacionado com padronização e programação. No caso dessas duas obras, viso obter textura e plasticidade a partir do veludo.
Tento propor uma vertigem e onda magnética ou sonora a partir da desordem ou leve assimetria de símbolos e formas comuns”.
Além do texto, fizemos duas perguntas para Ana sobre a estética de um dos seus trabalhos e sobre sua prática multimídia.
Na sua vídeoentrevista para o PIPA 2021, você comentou que incorpora elementos de nostalgia em algumas de suas obras, assim como sons de outras décadas na sua música. A “Te Acompanhei Nesse Xadrez IV” tem alguma relação com os anos 2000? Com o pop-punk, que teve uma estética muito representada pela cantora Avril Lavigne, por exemplo?
Ana: Acho que tem relação com os anos 2000 sim, mas muito mais com cartoon do que com o pós-punk. Cromática, narrativa e cenograficamente, bebe de desenhos como A Vaca e o Frango, Laboratório de Dexter etc. Sinto que pra mim a série “Te Acompanhei Nesse Xadrez” é uma ligação musical entre os anos 80 e os anos 2000, em que a arte pop também é uma referência marcante.
As suas obras recém-adquiridas pelo Instituto PIPA agora fazem parte da coleção “Deslocamento”, que, como o nome indica, reúne diversos tipos de deslocamentos na arte contemporânea brasileira. Pensando nisso – e no fato de você ser uma artista multimídia, que trabalha com música, texto e artes visuais –, de que forma essa arte entra na sua produção para complementá-la?
Ana: Sinto que em todo momento estou pensando a música em termos estéticos e as artes gráficas em termos musicais. Sinto que meu objetivo é esse trabalho em conjunto. Não que isso não transpareça nos trabalhos individualmente, o meu objetivo é esse raciocino criativo conjunto e rápido da estética.




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