Barra Mansa, RJ, 1979. – Vive e trabalha no Rio de Janeiro, RJ.
Representado pela galeria Athena Contemporânea.
Indicado ao Prêmio PIPA 2014, 2018 e 2019.
Ao explorar em sua prática artística os conhecimentos adquiridos sobre Arquitetura e Urbanismo, André Griffo demarca seus trabalhos a partir das seguintes estratégias: a de relacionar os espaços por ele apropriados com referências históricas e contemporâneas. O seu processo de trabalho passa por reconhecer espaços vazios, identificar os rastros deixados, e adicionar a eles símbolos e signos que destacam as problemáticas cotidianas.Abordar tais cenários é essencial para trazer referências históricas ao nosso tempo e assim criar novas narrativas. Isso possibilita que a produção pictórica de Griffo perpasse o documental e o ficcional, explorando conexão entre entre as disciplinas de História da Arte e Arquitetura às questões sociais, brasileiras e/ou mundiais. Com a sobreposição de tempos e realidades, os trabalhos de Griffo permitem expor os pensamentos dos indivíduos de uma determinada sociedade, seus valores e mudanças, e, em certas ocasiões, testemunhar a imutabilidade das coisas.
Nota sobre as obras do artista na coleção: Desde 2017 tentamos adquirir uma obra do artista. Em 2018 compramos os óleos sobre tela “O golpe, a prisão e outras manobras incompatíveis com a democracia” e “Aproximação forçada”, ambas produzidas naquele ano.
Em 2020, André Griffo participou do PIPA Em Casa, com a tela “O vendedor de miniaturas”, apresentando de forma imersiva através de um vídeo. Nos encantamos e adquirimos para a coleção.
Empréstimo para exposições em outras instituições: A obra “O golpe, a prisão e outras manobras incompatíveis com a democracia” foi emprestada para a exposição “Com o ar pesado demais pra respirar”, curadoria de Lisette Lignado, na Galeria Athena, de setembro a novembro de 2018 e também para a mostra dos trabalhos selecionados para a 21º Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil .
PIPA de perto: o artista fala na coleção do Instituto
“Aproximação Forçada”, 2018, óleo e acrílica sobre tela, 194x290cm.
No Brasil, a liberdade de crença e de culto foi assegurada pela constituição de 1890. O decreto oficializou a laicidade do Estado ao revogar a Constituição Imperial que trazia a Religião Católica como oficial. Mesmo após tal mudança, o convívio entre grupos de crenças distintas continuou caracterizado por condutas coloniais opostas aos princípios de liberdade e tolerância determinadas pela nova lei. Tal embate histórico vem se intensificando nos últimos anos, ao ponto que em 2017, na Prefeitura do Rio de Janeiro, representantes políticos de grupos conservadores cristãos tentaram organizar formas legais de proibir manifestações afro-religiosas em locais públicos.As imagens de santos cristãos e de elementos de cultos de candomblé, que compõem essa pintura, carregam simbolicamente os ritos e valores de dois grupos religiosos, cuja aproximação forçada durante o processo de colonização originou uma nova sociedade que, embora mestiça, é estruturada pela cultura de segregação. – André Griffo



Vídeos
Vídeo produzido pela Do Rio Filmes, exclusivamente para o Prêmio PIPA 2019
Vídeo produzido pela Do Rio Filmes, exclusivamente para o Prêmio PIPA 2018
Vídeo produzido pela Matrioska Filmes com exclusividade para o PIPA 2014