Dia 1º de setembro inauguramos no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, a Exposição dos Premiados do PIPA 2022 e a exposição Aquisições Recentes: Coleção Instituto PIPA.
As exposições ficaram em cartaz até o dia 30 de outubro.
A abertura foi um sucesso com grande público presente.
Na ocasião, foi realizada uma visita guiada com o curador do Instituto PIPA, Luiz Camillo Osorio, e com alguns artistas. Você pode acessar o vídeo da visita aqui.
Com uma trajetória de mais de dez anos no cenário da arte contemporânea, o Prêmio PIPA, uma iniciativa do Instituto PIPA, tem como objetivo divulgar a arte e artistas brasileiros, além de estimular a produção artística nacional. Ao longo de mais de uma década, buscamos apresentar um conjunto que se destaca no meio artístico e que traduz a diversidade e a qualidade da cena cultural no país. O Prêmio PIPA, a partir de 2021, definiu ser um prêmio de fomento para artistas com carreira mais recente, com no máximo 15 anos desde a primeira exposição.
Os Artistas Premiados do PIPA 2022 são: Coletivo Coletores, Josi, UÝRA e Vitória Cribb. Entre os 61 artistas participantes desta décima terceira edição os quatro foram escolhidos pelo Conselho do PIPA por terem obras contundentes e representativas do que está sendo feito em um país tão plural como o Brasil. Como parte da premiação, cada um recebe uma doação de R$20 mil.
Ocupam o Terreiro do Paço Imperial mais de 30 obras dos 4 premiados.
O Coletivo Coletores ocupou, além do Terreiro, espaços externos do Paço Imperial com um trabalho em videomapping na fachada do prédio colonial. No dia da abertura, o Coletivo estacionou um led truck na Praça XV, após circular pela cidade do Rio com uma das projeções, “Não retornados”. Além disso, a dupla de artistas Toni Baptiste e Flávio Camargo também exibe uma vídeo-instalação em NFT, “Histórias que não ninam”.
Josi exibe uma série de pinturas com a técnica original desenvolvida por ela: o uso de água de feijão preto sobre papel e tecido. A artista também utiliza goma de farinha de trigo e terra em seus desenhos, além de trazer como suporte a peneira e o quarador de madeira para as pinturas. Josi apresenta, também, algumas esculturas de cerâmica.
UÝRA traz um pouco da floresta Amazônica para o Paço Imperial a partir de bandeiras com fotos do dossel (cobertura das árvores da floresta). Nos tecidos, o público pode ver os animais que habitam a Amazônia, por meio do desenho feito pelas folhas das árvores.
Por fim, Vitória Cribb apresenta um site-specific pensado especialmente para o Paço Imperial, com o filme “@ilusão” (2020). Na obra, a repetição imagética reflete sobre o estado de ânsia, estresse, cansaço e solidão que nos acomete ao interagir com o outro, principalmente no meio digital, por conta do algoritmo e do engajamento constante. A ideia da artista é “incorporar um ambiente contemporâneo digital sob uma arquitetura colonial marcada pela violência e exploração de grupos marginalizados”.
Desde 2020, a exposição do Prêmio não tem caráter competitivo. Esta mostra é, também, uma celebração da escolha dos quatro artistas como premiados da edição. Assim, os quatro dividem o Terreiro com obras justapostas, posicionadas de forma a evidenciar as permeabilidades possíveis e aumentando sua potência como conjunto. Sem uma expografia rígida, eles criam juntos um espaço de forma livre e fluida – a exposição é escrita a várias mãos.
Veja fotos da abertura:
















Aquisições Recentes: Coleção Instituto PIPA
Além de trabalhos dos quatro vencedores de 2022, o Instituto PIPA apresenta no Terreirinho, espaço em frente ao Terreiro, obras comissionadas e adquiridas nos últimos anos. São trabalhos de artistas contemporâneos brasileiros que fazem parte da história do Prêmio PIPA: Eduardo Berliner, Leticia Ramos, Romy Pocztaruk, Ilê Sartuzi, Denilson Baniwa e Isael Maxakali. O acervo do Instituto pode ser visto no site www.institutopipa.com.




“ Veja visita guiada na abertura da exposição dos Premiados do PIPA 2022”, duração 21’31”